Quem sou eu

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Nascido na Região da Leopoldina, 37 anos, casado com a Advogada Dra. Alexandra Vaz, pai da Anna Clara, flamenguista,cristão, Servidor Público do Municipio do Rio de Janeiro desde 2002, advogado militante nas áreas civis, trabalhista, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro Turma CPOR de 1995,trabalho com o intuito de fazer as pessoas felizes e realizadas, usando as ferramentas do respeito a dignidade das pessoas, sem preconceitos e diferenças.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE FIM DE ANO

Prezados amigos e amigas estamos finalizando o ano de 2011 com muita luta e perseverança. Durante este ano que se passou procurei no meu blog expressar dois aspectos: primeiro, o momento político que passa o Rio de Janeiro (Município e Estado) com relação aos servidores públicos (em todas as esferas, em especial o municipal) e aos serviços públicos ofertados pelos governos; e segundo, o momento critico que passa a justiça no Brasil. Procurei trazer em debate e reflexões o que aconteceu ao longo do ano, com respeito às opiniões contrarias e adversas, o que é muito bem vindo, pois eu acredito que aprendemos com erros e críticas, não pode existir um discurso único, este canal não se presta para isso e sim interagir, respeitado as diversas opiniões. Mas o foco principal foi à situação política da cidade do Rio de Janeiro, especialmente, a desvalorização e desrespeito por completo da atual gestão municipal com os seus servidores públicos, como: perda de direitos adquiridos na gestão passada, a exclusão do servidor da política municipal (terceirização da Saúde e Educação com implantação de OSs), mudança sistemática no modelo de aposentadoria, dentre outros exemplos negativos. Com respeito ao Estado e o Município, ainda não presenciei tantas tragédias como no ano de 2011, certo que algumas aconteceram por forças da natureza e por atitudes individuais, mas existe um ponto em comum, a falta de gerencia e gestão do Estado e do Município, por exemplo: tragédia na região serrana, assassinato na Escola Tasso da Silveira em realengo, bonde de Santa Teresa, assassinato da juíza Patrícia Acioli, explosão na Praça Tiradentes, vazamento de óleo na Bacia de Campos, sem conta as mortes ocorridas em hospitais por negligencia do Estado. Então, este foi o ano político no Rio de Janeiro com muita festa por parte dos governantes com o dinheiro público (Rock in rio, show Paul McCartney, Torneio de Hipismo Athina Onassis, dentre outros). Enquanto isso o transito está um caos, os hospitais e postos de saúde estão abandonados, a Educação piorando,  uma vergonha !!!!
Também este ano, me dediquei a falar da justiça, como advogado, procurei expor minha ideias trazendo julgados e orientações dos tribunais para a melhoria do Poder Judiciario e ajudar aos leitores quanto aos seus direitos. Infelizmente, a justiça passa por um momento muito complicado, pois a falta de juizes está prejudicando por demais a resposta do Poder Judiciario para a população, que apesar de toda a tecnologia implantada o computador ainda não substitui o Ser Humano,  mas acredito que em 2012 vamos melhorar e o que eu creio, em melhora. Nesse diapasão, gostaria de agradecer a todos pelo convivio neste ano dificil, e conto com todos para lutar em 2012. FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!! 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE NATAL


Prezados Amigos e Amigas,

Que a Paz possa imundar os corações de todos. Desejo a vocês meus colaboradores um Feliz Natal e um próspero Ano Novo. abs!!!!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DEZ ANOS DE MATRIMÔNIO


No último dia 10 de dezembro comemorei 10 anos de casamento (bodas de estanho) com a minha digníssima esposa e também advogada Dra. Alexandra, gostaria de agradecer aos amigos e familiares que presenciaram esta celebração e comemoração. 

A CILADA JURÍDICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


Prezados amigos, alguns servidores públicos federais do Ministério da Saúde estão passando por uma conduta que no meu ponto de vista é totalmente ilegal e descabida, no que diz respeito à redução forçada de 40 horas para 30 horas, com o objetivo de redução salarial e com isso o corte de direitos já instituídos e adquiridos no momento da contratação, via concurso público. O Ministério da Saúde tem como base a MP 2174-28, de 24 de agosto de 2001, que regula a demissão voluntária e a redução de jornada com redução proporcional de vencimentos. Acontece que está legislação está pautada na voluntariedade do servidor e não em obrigatoriedade, e o que vem ocorrendo em diversas unidades de saúde federal, (em especial nos cargos de técnicos e auxiliares de enfermagem, onde não existe regulamentação de horas), que para a concessão de direitos, como aposentadoria, por exemplo, o servidor só poderá se aposentar se assinar o termo, que voluntariamente reduz sua carga, o pior que caso ele não venha a aderir tem bloqueio do sistema SIAPE, impedindo direitos adquiridos constitucionais de serem pagos ao servidor, como: 1/3 de férias auxilio alimentação, auxilio transporte. Muitos estão recorrendo à justiça, que tem devolvido os direitos aos servidores e acredito que esta pendenga jurídica se estabelecerá até o STF, pois a Constituição Federal não permite redução salarial. Infelizmente, como tenho divulgado no meu blog, os servidores públicos estão cada vez mais desvalorizados e humilhados. Lamentável!!!!!

sábado, 3 de dezembro de 2011

QUE DECLARAÇÃO INFELIZ DO PREFEITO EDUARDO PAES SOBRE A SAÚDE


Conduta médica contribui para problemas no atendimento de hospitais no Rio


Prezados amigos, gostaria de comentar a serie de reportagem que o RJ TV da Rede Globo está trazendo para os seus telespectadores, em especial, a edição de 01/12/2011 (quinta-feira)  que no inicio da reportagem traz um discurso do Prefeito junto com o Sr. Governador,  onde foi vaiado, pois como se pode comprovar demostrou o que eles querem, ou seja, usar da arbitrariedade e autoritarismo para conseguir manter os profissionais trabalhando, e ainda ridicularizando a condição da pessoa, pois ele vai dar um "pé no traseiro" do médico que faltar ao serviço. O que eu acho engraçado e que ele não fala qual médico, ou seja, se estatutário ou celetista, pelo jeito os médicos servidores públicos estão excluídos, pois servidor público não tem carteira assinada. Outro detalhe que acho interessante é como é fácil demitir para o Prefeito, infelizmente ele não é advogado e nem empresário, não milita na Justiça do Trabalho, e pensa que uma ação trabalhista não vai afetar a Prefeitura, ele está se garantindo nas Organizações Sociais, o que não garante nada, pois existe solidariedade e a conta vai parar nas contas do Município pode ter certeza. Na minha opinião, e com esse pensamento pueril teremos uma rotatividade grande de profissionais e em contra partida a população que sofrerá as consequências do atendimento. O que devemos é tratar o profissional de saúde como ser humano, que pode ter problemas e defeitos como qualquer outro, independente de ser Celetista ou Estatutário (servidor público), deve sim, oferecer  aos servidores públicos salários dignos e justos, quando os Governos começarem a pensar nessa solução, ai sim, teremos melhoria no serviço público de saúde!!!!!

Morre Celso Fontenelle, ex-presidente da OAB/RJ



Faleceu no dia 02 de dezembro de 2011 o Advogado Celso Fontenelle, que presidiu Seccional da OAB/RJ entre 1995 e 2001, em sua gestão como Presidente da Ordem do Advogados no Rio de Janeiro se destacou como um presidente de gabinete aberto, pois sempre recebeu os advogados, lembro dele entregando a carteira da Ordem a minha esposa Dra. Alexandra e quando eu estava fazendo o exame de ordem na UERJ  ele foi em todas as salas, detalhe de capacete na mão, desejando boa sorte aos bacharéis em direito, grande advogado. !!!! 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Remando contra a maré | Brasil

Resolvi postar para vocês, uma reportagem do greenpeace (uma ONG diferente das muitas que temos no Brasil), que trata do vazamento de óleo na bacia de campos, e realmente enquanto se discute quem vai ficar com o dinheiro dos royalties, o Rio de Janeiro  sofre este crime ambiental, é um contra senso, pois os Estados não produtores receberão os royalties  sem se preocupar com qualquer possibilidade de impacto ambiental em seus territórios (ai é moleza!!!!).  
"Desde o dia 7 de novembro estamos acompanhando o vazamento causado pela petroleira norte-americana Chevron no campo de Frade (Bacia de Campos), norte do Estado do Rio.
Em meio a controvérsias, informações desencontradas e uma grande confusão em relação a quem cabe a responsabilidade de limpar a sujeira feita no nosso mar, novas informações surgem hoje na imprensa. 
O atual secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc diz que ainda existe o risco de o óleo que vaza na bacia de Campos chegar à costa. Técnicos do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) consideram haver quantidade relevante de óleo em partes mais fundas e que esse material pode se dirigir a praias próximas por correntes marítimas.
Além disso, já existe a hipótese de o vazamento do poço ter sido provocado pela ruptura parcial do reservatório de petróleo. Ainda não há comprovação de que esse rompimento tenha ocorrido. Se confirmado, porém, o vazamento poderá ter “proporções gigantescas”.
Está cada vez mais claro que não estamos preparados para a exploração de petróleo em alto-mar ou em camadas profundas. O Brasil acha que a solução para seu desenvolvimento está no petróleo do pré-sal, mas a verdade é que pode estar remando contra a maré. Se fosse direcionado às energias renováveis, o investimento que se faz atualmente no petróleo, poderia colocar o país na rota de se tornar uma potencia verde."
* da campanha de Clima e Energia do Greenpeace

Quem ama abraça clipe musical




Contra a Violência Domestica, eu apoio com certeza.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ministra Nancy Andrighi fala sobre violação de direitos pela internet

Muito interessante o entendimento da Ministra Nancy Andrighi Ministra do STJ, a respeito da internet, postado no website do STJ, vejamos:
A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), abriu nesta sexta-feira (18) o segundo dia do 8º Seminário Ítalo-Ibero-Brasileiro de Estudos Jurídicos, com a palestra “As obrigações na ótica atual do Direito Civil”. A ministra concentrou-se num desafio relativamente novo para os magistrados brasileiros: a violação de direitos pela internet. 
Nancy Andrighi lamentou o fato de o Brasil ainda não ter uma legislação específica sobre esse tema, o que dificulta o trabalho dos magistrados. O projeto de lei nessa área tramita no Legislativo desde 2001. O Poder Judiciário já possui alguma jurisprudência sobre relações na internet, mas para a ministra é preciso consolidar as regras na lei. Atualmente, os julgadores precisam ingressar em diversas áreas do Direito para dar uma resposta a essas questões.
Nancy Andrighi explicou como o STJ tem tratado esses litígios, citando o julgamento de casos concretos. Em um deles, usuários de internet ajuizaram ações de indenização contra a Google pedindo indenização por danos morais devido à inclusão, por pessoa não identificada, de informações e fotos ofensivas no site de relacionamentos Orkut, mantido pela empresa.
Relatora do caso, Nancy Andrighi contou que precisou analisar diversas questões para decidir a causa, inclusive informações técnicas sobre os tipos de provedores existentes. O primeiro passo foi estabelecer que há uma relação de consumo entre os usuários e os provedores, de forma que há incidência do Código de Defesa do Consumidor.
Nos casos julgados até agora, os ministros das duas Turmas especializadas em direito privado consolidaram o entendimento de que os provedores de internet não respondem objetivamente por inserções feitas por terceiros. Para evitar a censura e garantir a liberdade de expressão, também está pacificada a compreensão de que os provedores de internet não podem ser obrigados a exercer controle prévio de conteúdo publicado por seus usuários.
Cabe ao provedor a remoção imediata de publicação ofensiva ou ilegal assim que tomar conhecimento dessa situação. Os provedores também devem manter um sistema eficaz de rastreamento de seus usuários, de forma que eles possam ser localizados para que respondam pelos abusos que cometerem. Quando essas obrigações não são cumpridas pela empresa, poderá ocorrer seu dever de indenizar.
Ao concluir sua palestra, a ministra convidou todos a refletirem sobre o tema para apresentações de contribuições à comunidade jurídica. “A internet, com sua inerente agilidade, permanecerá por muito tempo desafiando os juristas a encontrarem a melhor forma de regular as relações jurídicas dela decorrentes”, afirmou. 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Manifestação em Olaria transcarioca



Existe uma grande polêmica neste projeto, chamado atualmente de transcarioca, o que na verdade já existe a anos só que na forma de VLT (veiculo leve sobre trilhos), projeto da gestão passada da prefeitura (Cesar Maia), que agora está sendo colocada em prática. Infelizmente, o atual projeto prevê a grande desocupação de casas e comércios em dois bairros tradicionais da leopoldina: Olaria e Ramos. Existe o contra senso, pois o bairro de Ramos está vivendo um momento de revitalização, pois com a pacificação do Complexo do Alemão existe uma expectativa de crescimento e garantia de segurança, por isso o comercio vem sendo reativado com a chegada de lojas âncoras (lojas americanas, e a possibilidade da Casa & Video) e Banco Santander. Com a possibilidade de desocupação de casas e lojas acontecerá o esvaziamento total do comercio tradicional e agora novo nos Bairros de Ramos e Olaria, será um desastre!. Concordo que a região de Olaria e Ramos não possui um transporte rápido e adequado para a região da zona oeste, em especial Barra e Jacarepaguá, seria realmente um ganho para as duas regiões, acredito que o projeto passando pela Avenida Lobo Junior se apresenta como uma boa alternativa, pois quase todos os ônibus e o trem passam pela Penha, pode existir até um bilhete integração como no Metrô. Mas moradores de Ramos e Olaria, bairros onde passei toda a minha infância e adolescência, e agora possuo meu escritório de Advocacia (Ramos) devem lutar contra está imposição da atual gestão da Prefeitura (Eduardo Paes) e a mobilização popular pode aquebrantar a posição atual do Prefeito. Vamos lá a luta continua!!!!!              

domingo, 13 de novembro de 2011

O CASO DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO


Durante o fim do governo Lula após a descoberta de uma grande reserva de petróleo na costa brasileira, deu-se o inicio a uma grande polêmica nacional, o chamado royalties, o significado da palavra atualmente que é de origem anglo-saxônica:
“é o termo utilizado para designar a importância paga ao detentor ou proprietário ou um território, recurso naturalprodutomarcapatente de produto, processo de produção, ou obra original, pelos direitos de exploração, uso, distribuição ou comercialização do referido produto ou tecnologia..” (disponível em  http://pt.wikipedia.org/wiki/Royalty)

Usando o próprio termo chegamos à conclusão que os Estados produtores, no caso o Rio de Janeiro, tem o direito de receber os royalties do petróleo, tendo em vista que no Brasil o petróleo pertence à União, até ai tudo bem. Mas o que está acontecendo com a descoberta do pré-sal é a possibilidade concreta de divisão para todos os Estados da Federação, inclusive não produtores de Petróleo. Na realidade a injustiça está na quebra de contratos, antes da descoberta do pré-sal, e realizar uma divisão de royalties com outros Estados não produtores de áreas já contratadas é uma afronta política e jurídica. Infelizmente, mesmo após a grande mobilização das pessoas com participação da sociedade fluminense independente de partido, religião, credo, time de futebol, escola de samba, opção sexual, etc., eu acredito que perdemos a batalha, no campo político, que em minha opinião o governador Sergio Cabral desmereceu por completo o parlamento e se baseou na Presidência da Republica (Lula), esta situação só será resolvida no Supremo Tribunal Federal, pois na fase política não houve e acredito que dificilmente haverá consenso em pró do RJ, realmente é uma covardia, mas faltou sabedoria política para articular no parlamento, pois o chefe do executivo não manda em tudo e será que a Presidente Dilma irá se expor contra a maioria dos Estados da Federação. Vamos aguardar!!!!! 

sábado, 29 de outubro de 2011

A BANALIZAÇÃO DAS ONGs


Para iniciar o que estou dizendo, primeiro vamos à definição de ONG:

é um acrônimo usado para as organizações não governamentais (sem fins lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras.”(disponível em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ong.htm)

Com base na definição acima podemos entender o porquê da banalização das ONGS no país, em todas as esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal. Primeiro, elas devem atuar sem fins lucrativos, o que não ocorre, pois existe todo um disfarce e na verdade o objetivo é desviar o dinheiro seja publico ou privado; Segundo, devem atender a finalidade pública, o que também não ocorre e muitas vezes atende a interesses privados. Recentemente o caso da saída do Ministro Orlando Silva deflagrou o que já está acontecendo por muito tempo no governo federal, que é a falta total de controle das ONGs, e devemos lembrar que as Organizações Sociais são consideradas entes que apóiam o Estado, o que chamamos atualmente de Terceiro Setor. Neste  caso, o apoio não está pautado exclusivamente em obrigatoriedade de contrato com o Governo. É o que estamos presenciando no Município do Rio de Janeiro, atualmente, ou seja, a inversão de valores, onde o privado está ditando as regras, enquanto o público acata. Nesse sentido, a forma de envolvimento que os governos estão destinando as ONGs, caracteriza a total banalização do setor e demonstra a falta de atuação do Estado em diversas áreas de sua atribuição e competência constitucional. Por isso, apoio veemente a ADIN 1923 -AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE  que trata da lei das Organizações Sociais, para o bem do serviço público.!!!!!!!!!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

STF ATENDE AÇÃO DO DEM E SUSPENDE AUMENTO DE IPI DE CARROS IMPORTADOS

Vitória do consumidor.Atendendo a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo Democratas, o Supremo Tribunal Federal suspendeu o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros importados decretado em setembro pelo governo federal. A corte entendeu que o governo não concedeu o prazo de 90 dias entre o anúncio e o aumento das alíquotas, conforme determina a lei.A decisão foi por unanimidade. O relator da ação, ministro Marco Aurélio Mello, considerou procedente a iniciativa do Democratas. Segundo a Adin, "o contribuinte não deve ser surpreendido com a majoração de tributos. Essa é a regra geral que consta da Constituição. Ao cidadão, antes da prática de qualquer ato revelador de capacidade contributiva, deve ser conferida a oportunidade de, com razoável antecedência, conhecer os contornos da tributação que sobre si recairá".Ao determinar o aumento de até 30 pontos na alíquota do IPI dos automóveis com menos de 65% de componentes nacionais na verdade o governo fez uma agressão à economia e ao consumidor. Ao invés de proteger a indústria, a medida teve como única consequência palpável o aumento do preço dos carros nacionais, que chegaram a subir até 20%. A decisão do governo também contrariou as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Países exportadores de veículos já pediram providências de organismos internacionais. O principal prejudicado com o aparente protecionismo do governo costuma ser o próprio consumidor. Sem competição, empresas correm o risco de aumentar os preços e deixar de investir em inovação.

domingo, 16 de outubro de 2011

TRAGÉDIA DA PRAÇA TIRADENTES: PREFEITURA DO RIO CO-RESPONSÁVEL


Infelizmente o povo carioca presenciou mais uma tragédia na cidade, o que já está virando rotina para a população, sinceramente não me lembro em um governo municipal acontecer tanta desgraça, é o pior de nível nacional e internacional. Agora o Prefeito Eduardo Paes na sua completa e total ignorância divulga que a legislação referente à expedição de alvará deveria mudar, por que ao invés de usar o choque de ordem para bater em trabalhador, a Prefeitura não fiscalizou o restaurante, é tudo muito fácil, acontece à tragédia e vamos culpar a legislação, pelo que eu aprendi quando era criança nas aulas de moral e cívica, sendo um ensinamento de Montesquieu, e o seguinte: Legislativo – faz as leis, Judiciário – Julga as Leis e o Executivo – Cumpre as leis, acho que o Prefeito faltou essa aula quando era criança, pois se ele comparecesse a aula saberia que deveria primeiro cumprir a lei, que já existe. Ademais, na minha opinião a prefeitura do Rio de Janeiro é co-responsável pela tragédia sendo responsabilizada civilmente, podendo as vitimas cobrarem judicialmente por danos materiais e morais. Realmente o que está faltando para o governante municipal e estadual é cumprir a lei!!!!!!

DENGUE MADE IN BRAZIL


Achei muito interessante uma reportagem de 18 de agosto do o Globo informando o reaparecimento do mosquito transmissor da febre amarela e da dengue na Europa, Aedes aegypti, vejamos o lado cômico da coisa, não é só os cariocas que tem o privilégio de ter o mosquito, ele agora está nas “zeuropas”  desfrutando daquele vinho francês ou saboreando uma pizza na Itália, esse mosquito não é mole, conseguiu sair do Rio de Janeiro, pegou um vôo da Air France no galeão e partiu rumo ao velho continente. Também estava na hora de influenciarmos o mundo, já que somos porta de entrada de varias doenças, chegou a nossa vez.  Detalhe que próximo ano está previsto a pior epidemia de dengue no Rio de Janeiro, eu ainda não sei por que esse alarde, o mosquito da dengue já faz parte do cotidiano carioca, todo prefeito quando recebe a prefeitura já leva a dengue como encargo, o Aedes aegypti já é considerado funcionário público. Acho que deveria ser criada a SMECD, Secretaria Municipal Especial de Combate a Dengue, pois existe Ministério para Pesca, Secretaria Municipal para Copa e Jogos Olímpicos, por que não para o mosquito Aedes aegypti, pois a cada ano estamos perdendo para o mosquito, só em 2010, segundo jornal O Globo de 16 de outubro 2011, foram mais de um milhão de casos, e de janeiro a setembro deste ano foram já notificados 159 mil casos. É minha gente o nosso mosquito vai longe!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

STEVE JOBS: O MICHAEL JACKSON DA INFORMÁTICA

Sei que estou até um pouco atrasado em comentar a morte do Steve Jobs, Ex-CEO da Apple, que nos últimos anos representou um avanço extraordinário no campo da informática com apresentação de tecnologias de um consumo exorbitante e quebrando conceitos neste tipo segmento, que por muito tempo temos os orientais (japoneses e coreanos) no topo deste ramo. Bem, realmente não podemos negar a historia de Steve Jobs, a começar pelo seu nascimento, onde foi criado por uma outra família e superou diversos traumas, desenvolveu diversos equipamentos e sistemas que servem de base para diversas empresas do ramo da informática. Entretanto, a sua trajetória de vida demonstra alguns fatos importantes que devem ser analisados, como realmente a disposição de existir um software que deixe o consumidor preso, e isso é a mais pura realidade, tanto a Apple quanto a Microsoft querem escravizar as pessoas e não tornar livre a sua escolha, claro que isso faz parte do jogo capitalista, e os americanos são mestre em desenvolver está teoria, outro fato foi quando existiu um fracasso em um de seus equipamentos lançados, e o Steve Job arrasou um de seus colaboradores demitindo de uma maneira vexatória, mas o que mais me intriga na sua trajetória, e entender como ele conseguiu ser demitido de sua própria empresa, como seria receber a sua própria demissão, eu sinceramente, como advogado não consigo entender, pior que depois ele foi chamado, acho que por ele mesmo a assumir a sua própria empresa. Muito estranho, mas não podemos negar que ele era o Michael Jackson da informática!!!!

domingo, 9 de outubro de 2011

RESPOSTA A JATO DO ASSASINATO DA MAGISTRADA PATRÍCIA ACIOLI

Comentei em 18 de agosto em meu blog a respeito do assassinato da juíza Patrícia Acioli, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, lembro que postei que o crime teve uma repercussão muito grande na mídia e que teríamos uma resposta rápida da Policia Fluminense, e foi que realmente aconteceu, em uma investigação recorde chegou aos criminosos, que no caso se tratam de policiais militares. Agora fica no ar, por que não acontece o mesmo com outras pessoas vitimas de criminosos no Rio de Janeiro, como da engenheira Patrícia Amieiro na Barra da Tijuca, ou o caso da Priscila Belfort. Por que somente quando o caso tem repercussão na mídia que temos a solução, outro exemplo de resposta rápida, foi o caso Tim Lopes. Então, quando os cidadãos fluminenses terão uma policia eficiente como está que desvendou em tempo recorde o assassinato da juíza Patrícia Acioli.   

20 ANOS DE PRIVATIZAÇÕES NO BRASIL

Achei muito interessante a reportagem do O Globo de hoje (09/10/2011) sobre os vinte anos de privatizações no Brasil, me lembro como se fosse hoje quando estava de prontidão no Regimento Sampaio na Vila Militar e aguardávamos qualquer ordem para se deslocar ao centro da cidade do Rio de Janeiro, em especial na Bolsa de Valores para impedir qualquer manifestação mais ousada contra a privatização das teles. Podemos notar o grande contra senso, pois o processo de estatização de empresas ocorreu por demasiado no regime militar, até por que os militares na época acreditavam que empresas ligadas à produção e serviços não poderiam esta na mão de particulares, por questão de segurança nacional, como: telecomunicações, siderurgias, empresas de aviação, dentre outras.  Certo que esse processo teve seu inicio na era Collor e obteve seu ápice no governo Fernando Henrique Cardoso a reportagem traz o que foi um ganho para o Brasil, pois é inconcebível que um Estado seja possuidor de empresas de telefonias, ferrovias, siderúrgicas, por isso um Estado moderno, pode a qualquer momento intervir na economia, sem precisar ser detentor ou proprietário de empresas que não traz os objetivos destinados ao Estado Brasileiro. Nesse contexto, ainda existe empresas que dificilmente serão totalmente privatizadas, muitos por questões políticas do que econômicas, mas é certo que iniciamos um bom caminho, tanto é verdade que na reportagem se comprova que as empresas privatizadas respondem por 25% das receitas de empresas de capital aberto. Infelizmente as privatizações causaram alguns resquícios, principalmente em relação aos funcionários que acreditavam nos seus empregos públicos e sofreram a decepção da demissão, o que chamamos no setor privado de “redução de custos” o que sobra sempre para o lado mais fraco. De um ponto geral a privatização teve o seu ganho e impulsionou o Brasil a ser competitivo pelo mundo, temos grandes exemplos: Vale, Embraer, Usiminas. Não podemos confundir privatização com terceirização, hoje ouço muito em falar de privatização da saúde e educação, na realidade o que temos é a terceirização da saúde e da educação o que é ilegal, pois não existe privatizar um direito e um dever constitucional do Estado!!!!!!!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

ROCK IN RIO: UM DESASTRE !!!!

Gostaria de comentar a respeito do evento considerado o maior evento musical do mundo, o chamado rock in rio. Certo que a cidade do Rio de Janeiro é por natureza uma das melhores cidades em receber eventos de grande magnitude e temos diversos exemplos como: festa de fim de ano em Copacabana, carnaval, jogos do pan americano, jogos militares, dentre outros eventos, só que para todos esses exemplos existiu um planejamento. O que infelizmente não tem acontecido com este evento, a começar pela escolha do local, pois devemos analisar que o primeiro rock in rio foi realizado próximo ao local atual há exatamente 26 anos atrás, onde só existiam somente alguns prédios, o Autódromo e o Riocentro. Agora a região é considerada a que mais cresce no Rio de Janeiro, com tráfego intenso de carros e movimentação, ou seja, não é mais aquele marasmo de 26 anos atrás. Atualmente moro em frente ao autódromo e indo ao supermercado ao lado do meu prédio no domingo passado (dia do heave metal) perguntei a um casal de turistas de São Paulo se o evento acontecesse no interior do Rio de janeiro se eles iriam, e prontamente eles responderam que iriam a qualquer lugar para participar do rock in rio. Podemos então refletir, porque não pensar em um local mais tranqüilo, como: Campo Grande, Guaratiba, Santa Cruz. Por causa de 100.000 pessoas, mais de 1 milhão podem ser prejudicadas. Outra coisa que está acontecendo é o grande número de assalto, o Rock In Rio se tornou o Rock In Roubo, também com a falta de planejamento, as pessoas estão andando mais de 5 km para pegar um transporte. Mais o que me deixa revoltado é o uso do dinheiro público para um evento particular, sendo que a segurança está sendo realizada pela Policia Militar, Guarda Municipal (em greve), trânsito pela CET-RIO e limpeza da COMLURB, ou seja, o evento que é realizado por uma empresa particular (ARTPLAN) tem toda a estrutura pública. Enquanto o Prefeito e o Governador curtem o rock in rio, nos hospitais públicos temos idosa sendo colocada na geladeira viva, jovem peregrinando procurando vaga para atendimento, unidades caindo aos pedaços etc. Acho que está na hora cobrarmos uma atitude das autoridades e acabar com as festas!!!!    

domingo, 25 de setembro de 2011

Alguns julgados do STJ sobre: A responsabilidade civil nos crimes em transportes coletivos

Segue abaixo alguns julgados interessantes do STJ, a respeito da responsabilidade civil nos crimes que envolve transportes coletivos, vejamos:
 
Garoto de 11 anos morre vítima de bala perdida durante assalto a cobrador de ônibus; passageiro sofre atropelamento fatal após descer de veículo em movimento para fugir de assalto; estudante fica cego de um olho após lesão decorrente de objeto arremessado para dentro de coletivo; grávida fica paraplégica após levar tiro em ônibus; motorista que andava armado é assassinado ao reagir a assalto; PM fardado leva tiro durante assalto e não pode mais trabalhar. De quem é a culpa?

São muitas e variadas as questões sobre responsabilidade civil que chegam ao Superior Tribunal de Justiça, unificador da legislação infraconstitucional. Entre elas, está a discussão sobre a culpa de empresas de transportes coletivos, cuja função é levar o passageiro, incólume, de um lugar para outro, por crimes ocorridos durante o trajeto. Afinal, a empresa também é vítima e se defende, alegando, geralmente, caso fortuito ou força maior.

Em 1994, o hoje aposentado ministro Torreão Braz, relatou o REsp 50.129 no qual votou pela concessão de indenização por causa de morte durante assalto num vagão de trem da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Na ocasião, ele lembrou que o caso fortuito ou a força maior caracterizam-se pela imprevisibilidade e inevitabilidade do evento. “No Brasil contemporâneo, o assalto à mão armada nos meios de transporte de cargas e passageiros deixou de revestir esse atributo, tal a habitualidade de sua ocorrência, não sendo lícito invocá-lo como causa de exclusão da responsabilidade do transportador”, afirmou. A decisão determinou indenização baseada na esperança de vida de acordo com a tabela do Ministério do Planejamento e Assistência Social (MPAS).

No caso do garoto vítima de bala perdida, a empresa foi condenada, inicialmente, a pagar à mãe indenização por danos morais e um salário e meio por mês até a data em que o filho completaria 25 anos. O tribunal de justiça manteve a responsabilidade da empresa, mas retirou a obrigação do valor mensal, pois não teria se comprovado o dano material. Ao examinar o caso, em 1998, o STJ manteve a decisão, reconhecendo a responsabilidade da empresa na morte do menor. “Não vulnera a lei a decisão que impõe à empresa a prova da excludente da responsabilidade pela morte de um passageiro”, afirmou o relator, ministro Ruy Rosado de Aguiar, também aposentado .

Na ocasião, o relator transcreveu trecho do voto do desembargador Cláudio Vianna Lima, do Rio de Janeiro, sobre o caso. “Elas (as concessionárias de transportes) podem exigir do concedente tarifas mais adequadas e acobertar-se dos riscos mediante contratos de seguro, a exemplo do que acontece nos países desenvolvidos”, disse o desembargador no voto. “O que não se concebe é que famílias inteiras, geralmente de parcos ou de nenhum recurso (o usuário de tais serviços pertence às classes mais humildes) fiquem desamparadas, relegadas à miséria, por decorrência de uma exegese fossilizada da lei que remonta ao começo do século”, completou. (Resp 175.794).

Pulo para a morte

Durante assalto à mão armada em ônibus, passageiros pediram para que o motorista abrisse as portas. Um deles saltou com o veículo em movimento, foi atingido pelas rodas traseiras e morreu. Os pais entraram na Justiça. Condenada, a empresa alegou, em recurso especial, que a morte decorreu do assalto, causado por terceiro, o que é excludente de responsabilidade da empresa transportadora.

Apesar de a Segunda Seção já ter firmado jurisprudência reconhecendo o argumento da empresa de que o assalto à mão armada dentro de coletivo constitui força maior a afastar a responsabilidade da transportadora pelo evento danoso daí decorrente para o passageiro, o ministro Aldir Passarinho Junior, relator do caso, deu apenas parcial provimento ao recurso especial.

Segundo entendeu, houve precipitação do rapaz, até compreensível nas circunstâncias. “Mas houve um outro ingrediente, e este atribuído à empresa: é que o motorista do coletivo, imprudentemente, abriu as portas para que os passageiros saltassem”, ressaltou. “Não importa se o fez para ajudar ou não. Relevante é que, ao fazê-lo, em situação de evidente perigo para aqueles que se atirassem na via pública com o ônibus em movimento, assumiu o ônus das consequências, e, por via reflexa, a empresa recorrente da qual era preposto”, concluiu o ministro. A decisão foi pelo caso fortuito em relação ao assalto, mas culpa concorrente, devendo ser abatido 50% do valor devido pela empresa. (Resp 294.610)

E o estudante do Rio Grande do Sul, que perdeu um olho, atingido por objeto atirado pela janela? Caso fortuito? A Terceira Turma aplicou a jurisprudência firmada. “A presunção de culpa da transportadora pode ser ilidida pela prova de ocorrência de fato de terceiro, comprovadas a atenção e cautela a que está obrigada no cumprimento do contrato de transporte”, afirmou o ministro Castro Filho (aposentado), em 2003.

Sem responsabilização da empresa, sem indenização para o estudante. “O arremesso de objeto, de fora para dentro do veículo, não guarda conexidade com a atividade normal do transportador. Sendo ato de terceiro, não há responsabilidade do transportador pelo dano causado ao passageiro por causa de objeto atirado pela janela”, acrescentou o ministro. (Resp 231.137)

Grávida e paraplégica

A grávida, atingida por um tiro durante tentativa de assalto ao ônibus em que estava, teve paraplegia permanente dos membros inferiores, impedindo-a totalmente de exercer atividade remunerada, necessitando de ajuda de terceiros até para os atos mais corriqueiros da vida cotidiana. Ela conseguiu indenização da empresa.

A sentença reconheceu que a empresa possui o dever legal e contratual, como transportador, de conduzir o passageiro são e salvo a seu destino. A sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A empresa recorreu, mas a Quarta Turma, por maioria, manteve a decisão de indenizar. “Por não ser mais ocorrência surpreendente, alcançando, inclusive, certo nível de previsibilidade em determinadas circunstâncias, as empresas que cuidam desse tipo de transporte deveriam melhor se precatar, a fim de oferecer maior garantia e incolumidade aos passageiros”, afirmou o ministro Cesar Asfor Rocha, que divergiu do relator e teve a tese seguida pelos demais membros da Turma.

No julgamento, o ministro Ruy Rosado de Aguiar acrescentou: “A existência de dinheiro no caixa do cobrador é um atrativo, muitas vezes, para a prática do delito. Por isso, em outros países, já não se usa moeda para pagamento de transporte coletivo. Então, se a empresa não demonstrou que tomou as providências necessárias para evitar ou pelo menos diminuir o risco, que existe, penso que ela responde.” (Resp 232.649)

Reação e Morte

A família entrou na Justiça pedindo indenização pela morte do esposo e pai, um motorista de ônibus. Ele estava armado, e ao tentar evitar o roubo do cobrador e de passageiros, foi baleado pelos ladrões e acabou morrendo. O tribunal de justiça, por maioria, não responsabilizou a empresa. “Na ação de indenização, fundada em responsabilidade civil (CC, art. 159), promovida por vítima de acidente do trabalho ou por seus herdeiros, cumpre-lhes comprovar o dolo ou a culpa da empresa concessionária de transporte coletivo, expresso em ato positivo ou omissivo de seu preposto”, diz um trecho da decisão.

O desembargador Élvio Schuch Pinto, que ficou vencido, afirmou. “Se reagiu, foi, quem sabe, pensando em defender o patrimônio da própria empresa. Por que iria reagir? Imaginou que assaltados estariam não só os passageiros, como até o ônibus levariam, que é muito comum”, afirmou.

No julgamento do recurso especial no STJ, o ministro Aldir Passarinho Junior (aposentado), concordou com a tese vencida no tribunal estadual, e fixou indenização para a viúva e filho, com pensão mensal e ressarcimento por dano moral de 50 mil para cada um. “Configurada situação em que a empresa, por omissão, permitiu que motorista seu andasse armado ao conduzir coletivo, bem como deixou de treiná-lo adequadamente para que não reagisse a assalto no ônibus, que terminou por lhe ceifar a vida, não se caracteriza, em tais circunstâncias, força maior a afastar a responsabilidade civil da empresa pela morte de seu empregado”, afirmou o relator.

Aldir Passarinho Junior lembrou, ainda, que a morte ocorreu no exercício do contrato de trabalho, que o obrigava a trafegar por locais perigosos, expondo-se a risco que deve ser assumido pela empregadora, pois é inerente à atividade comercial que explora com intuito de lucro. Insatisfeita com a condenação, a empresa ainda tentou recorrer ao Supremo Tribunal Federal, mas, em juízo de admissibilidade, o então vice-presidente, ministro Edson Vidigal (aposentado), considerou o recurso inadmissível, por refletir mero inconformismo com a decisão do STJ. “Admiti-la (a pretensão) seria fazer do STF instância revisora dos julgados do STJ, no que concerne à verificação dos pressupostos de cabimento do apelo especial”, asseverou. (Resp 437.328)


Policial Militar inválido

Ao examinar o recurso especial de policial militar que ficou inválido após levar tiro no pescoço durante assalto a ônibus, a Terceira Turma lembrou, inicialmente, que a empresa só responde pelos danos resultantes de fatos conexos com o serviço que presta, conforme jurisprudência fixada pela Segunda Seção. “A Turma deve decidir à base do que aconteceu: a parada irregular, contra a lei, que resultou na invalidez de um dos passageiros”, afirmou o agora presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, ao votar quando era membro da Turma.

O então ministro Carlos Alberto Direito, já falecido, concordou com o relator. Ele afirmou que tal circunstância retira a substância dos precedentes sobre a exclusão do fato de terceiro para a configuração da responsabilidade. “Fica evidente que a empresa agiu com culpa ao parar em lugar não devido e, particularmente, em lugar sabidamente perigoso”, acrescentou. Foi dito, ainda, que ele foi baleado apenas porque estava fardado.

A indenização foi, então, determinada pelo relator, nos seguintes termos: “a pensão mensal é devida pela diferença entre o que o autor recebe do Estado como inativo e o que receberia no posto imediatamente superior ao de cabo, a partir do momento em que colegas seus, nas mesmas condições de tempo na carreira, teriam acesso a essa graduação”. A empresa foi condenada a pagar também 30 mil reais por dano moral e 30 mil por danos estéticos. (Resp 200.808)

sábado, 24 de setembro de 2011

JOVEM QUE PEREGRINOU POR CINCO HOSPITAIS MOSTRA O DESCASO DO ESTADO COM À SAÚDE

Na noite de segunda-feira (19 de setembro), um rapaz se acidentou em Xerém, próximo a Duque de Caxias, a vitima passou sete horas percorrendo cinco unidades de saúde até conseguir ser atendido no Rio de janeiro, no bairro do Méier em um hospital do município do Rio de Janeiro, resolvi verificar a no google maps a distância entre Xerém e o Méier, sendo o caminho mais curto de 46,3 Km, e no caso acima foi pior, pois ele ficou peregrinando pelo Rio de Janeiro. Agora vamos analisar o seguinte, primeiro que existe um sistema de regulação do Estado que não funciona e nunca vai funcionar da forma que esta sendo usado; segundo, e inconcebível que um hospital não possua equipamento e nem pessoal habilitado para atender a emergência, no caso uma unidade nova, como o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Saracuruna). No caso, o paciente recebeu seu primeiro atendimento em um posto de saúde em Xerém, que não possui estrutura e equipamentos para o tipo de ocorrência realmente o caso era para um atendimento em Hospital com medico especialista e equipamentos para suporte a vida. Mas casos como esse acontece todos os dias no Rio de Janeiro, pois a regulação de leitos não funciona adequadamente, volta e meia verifica-se um caso na mídia, sem falar o numero de ações judiciais com pedido de internação de pacientes graves. Ah! vai melhorar muito agora, pois a Saúde do Estado foi terceirizada gente e as OS vão dar conta desta confusão, e uma ironia, se os médicos credenciados a planos de saúde estão recusando o atendimento devido aos valores. Será que vamos ter uma Saúde digna e profissional para a população. Quem viver verá!!!!

domingo, 18 de setembro de 2011

APROVAÇÃO DA LEI DAS OS: UM RETROCESSO

Foi aprovada neste mês a chamada lei das Organizações Sociais para gerir a saúde pública do Estado, como já estou comentando a algum tempo neste blog, verificamos a confirmação agora em forma de lei da incompetência do Estado em prover um serviço público de sua atribuição constitucional e que se passa para o particular. Infelizmente, uma lei aprovada debaixo de um enorme protesto, certamente vai ter conseqüências desastrosas. E quem vai sentir na pele será a população Fluminense, pois o que vai acontecer é o desestimulo e a falta de respeito com os servidores públicos, o aumento da corrupção e contratos astronômicos, serviços médicos de baixa qualidade, pois as OS irão reduzir custos para ter seus ganhos, pois não existe esse papo de filantropia e caridade, na realidade vamos ver a festa das notas fiscais frias e prestações de contas fictícias. Na verdade teremos o caos, já não basta na Prefeitura, e agora no Estado. Por que não fazer o feijão com arroz, ou seja, a dinheirama que vai se gastar terceirizando, por que não investir nos servidores públicos estatuais, pagando salários dignos aos servidores da saúde, dando melhores condições de trabalho, reformando os hospitais e comprando equipamentos, ou seja, gerir os recursos de forma transparente e eficiente, realizar licitações públicas conforme a lei. O que vemos é a falta total de cuidado com o dinheiro publico, só contratos emergenciais sem licitações e falta de respeito com os servidores públicos, pois o governo Estatual e Municipal não conseguem gerir nada, só sabem terceirizar e desrespeitar as pessoas que trabalham para um serviço publico de qualidade.  Lamentável esta situação!!!!!!!                

sábado, 3 de setembro de 2011

UMA RETROSPECTIVA DOS DESCASOS DO ESTADO

A pedido de uma colaboradora que acessando o meu blog me enviou um email pedindo para comentar a respeito do acontecido em Niterói (morro do bumba). Ela me relatou sobre o descaso do Estado e da prefeitura de Niterói com as famílias vitimas daquela tragédia. Pensando bem, resolvi fazer um apanhado, ou melhor, uma triste retrospectiva dos diversos descasos do Estado, e quando eu falo Estado entende-se o Poder Público em todas as esferas (Federal, Estadual e Municipal). A começar por Angra dos Reis onde se constatou as farras das licenças para construir, em diversos locais de áreas de proteção ambiental. É verdade que não podemos prever um evento da natureza, mas podemos ameniza o sofrimento das pessoas ou até impedir uma tragédia maior, não é só dando assistência pós desastre, e sim procurando trabalhar com planejamento para evitar um desastre maior. A Cidade do Rio de Janeiro é um exemplo, se investiu muito e se planejou para evitar desastre como o que aconteceu em Angra dos Reis. O segundo caso foi o terrível deslizamento ocorrido em Niterói, no chamado morro do “bumba”, onde infelizmente se constatou que o local era um grande lixão, sem qualquer possibilidade de construção, e o pior a população que estava neste local encontra-se sem qualquer ajuda ou auxilio da Prefeitura e do Estado.
A região serrana passou por um grande desastre natural e novamente podemos verificar o desrespeito às leis ambientais com falta de planejamento e concessão de licenças para construir sem critérios, a população também se encontram sem qualquer ajuda ou auxilio da Prefeitura e do Estado.
A Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo foi atacada por uma pessoa completamente desorientada, um maníaco, o que se comprova a total falta de segurança nas escolas municipais, e até voltou a se discutiu o uso de armas pela população, mas em concreto é que os familiares das vitimas se encontram sem qualquer apoio ou ajuda da Prefeitura e do Estado.
Agora, temos o caso do Bonde de Santa Teresa uma tragédia já anunciada, pois alguns meses atrás um turista caiu dos arcos da lapa. Realmente é revoltante o descaso e o jogo de empurra do Estado que culpa até o condutor do bonde, que não pode se defender está morto! Mas existe a grande solução, vamos municipalizar ou privatizar, ou seja, toda vez em que um serviço do Estado é incompetente é só passar para a Prefeitura, exemplo o Hospital Pedro II, ou então, o que já faz parte do governo do Estado e da Prefeitura  Privatizar, é muita incompetência, falta de responsabilidade e desrespeito com a população !!!!!!!!!!!!!!

Charge Muito Boa - Aroeira O Dia





 
O cartunista Aroeira acabou fazendo uma série em cima da primeira charge, com Cabral amarrado no trilho do bonde. Depois incluiu o Mão Grande e Júlio Lopes. Agora, como ele colocou, atendendo a pedidos, a turma aumentou, tem também Jaqueline Roriz, Kadafi e Eduardo Paes. Mas ainda digo que falta muita gente, aqui do Rio de Janeiro mesmo, que merecia ser “atropelada pelos fatos”. Quem vocês sugerem?








quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ASSASINATO DA MAGISTRADA PATRÍCIA ACIOLI MOSTRA O DESCASO DO ESTADO COM A SEGURANÇA PÚBLICA.


E com muita tristeza que comento este acontecimento brutal que foi cometido contra a juíza Patrícia Acioli, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, realmente o Estado está passando por um momento de crise institucional, pois se uma juíza criminal que tem a incumbência de julgar as pessoas da sociedade que comentem crimes teve sua segurança pessoa reduzida, imaginem o restante da população fluminense, que não possuem este privilegio, se uma juíza teve sua segurança desmantelada, fico imaginando como deve ser o programa de proteção a testemunhas, só Deus!. O que intriga neste caso é o fato da própria juíza protestar por oficio a sua insatisfação com a redução da sua segurança pessoal:

Patrícia ressalta que, embora não seja especialista no assunto, "desconhece como isto poderia significar segurança pessoal para qualquer pessoa que supostamente necessitasse dela". Em outro trecho, ela diz: "Entendendo que a questão envolvendo minha vida é algo muito importante, não entendi o tratamento que foi dado ao caso", trecho em reportagem do jornal O Globo, versão on line, publicado em 17/08/2011.

Infelizmente o assassinato da Magistrada já faz parte de uma triste estatística na área de segurança do Estado, como se trata de uma pessoa formadora de opinião, de influência na sociedade e com a grande repercussão na mídia, acredito que teremos uma resposta rápida por parte da Policia, agora os outros casos dentre muitos anônimos não podemos ver o mesmo privilégio, lamentável!!!!!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ANDRE NOGUEIRA PARTICIPA DA REUNIÃO DE PRÉ-CANDIDATOS A VEREADOR PELO PARTIDO DEMOCRATAS

No dia 15 de agosto de 2011, participei da primeira reunião realizada pelo Partido Democratas, com a presença do Presidente do Diretório Regional César Maia, e do Dep. Federal Rodrigo Maia, candidato a Prefeito em 2012. Na ocasião o Ex-Prefeito Cesar Maia explanou sobre a política nacional com o enfraquecimento do Governo Dilma e a política estadual e municipal com o Governo Sergio Cabral desmoralizado e o Governo Eduardo Paes com sérios riscos de não ir para o segundo turno por perseguir servidores, humilhar os pobres com choque de ordem, e privatizar educação e saúde. O nosso candidato ao Município do Rio de Janeiro, Rodrigo Maia informou sobre o oportunismo de alguns que saíram do partido e as razões. Na oportunidade discursei relatando a opressão que nós servidores públicos municipais estamos passando com a atual gestão, pois muitos servidores possuem chefia e por diversas vezes estão colocando sua carreira em jogo por fazerem parte de comissões ou tendo que assinar documentos que podem prejudicá-los no futuro, também explanei sobre as privatizações na saúde e na educação. Vejam abaixo algumas fotos da reunião.        







segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Manifesto em defesa dos direitos humanos das crianças e adolescentes - OAB/RJ


       As operações da Secretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, de recolhimento das crianças e adolescentes foram intensificadas com a regulamentação de um Protocolo do Serviço Especializado em Abordagem Social ao final de maio do presente ano (Resolução SMAS nº 20 de 27/5/2011). Tais medidas surpreenderam a tantos que há muito tempo se dedicam a refletir, formular e executar ações de promoção e defesa dos direitos de nossas crianças e de implementação de políticas públicas sustentadas no marco legal da saúde/saúde mental, da assistência social e da política para os direitos humanos da infância e adolescência, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, com base em toda uma legislação construída e consolidada a partir dos anos 1990, de forma participativa e democrática.
        Além disso, a Resolução SMAS nº 20 desconsidera previsões legais e regulamentares, tais como:
1.      Lei 10.216 (04/06/2001), que regulamenta a política de saúde mental e prevê, em seu artigo 9º, que “A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários”
2. Provimentos nº 4 (26/04/2010) e nº 9 (17/06/2010), do Conselho Nacional de Justiça, que prevêem, respectivamente, que a atuação do Poder Judiciário deve se limitar ao encaminhamento do usuário de drogas à rede de tratamento, não cabendo determinar tipo de tratamento, duração nem condicionar o fim do processo criminal à constatação de cura ou recuperação e que o atendimento a crianças e adolescentes que usam drogas será multidisciplinar e observará a metodologia de trabalho prevista por aquele Conselho Nacional.
        Na contramão, a SMAS alardeia que no período de 31 de março a 15 de julho procedeu a 19 operações de retirada de moradores de rua (crianças e adultos) em áreas da cidade, acompanhada das polícias civil e militar. Do total de 1194 pessoas recolhidas, 230 são crianças e adolescentes; no caso destes, se supõe de pronto que possam ser autores de ato infracional – e, por isso, são levados à Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente ou a batalhão policial. Com tal procedimento, a Secretaria se distancia de suas funções sócio-assistenciais e atua como uma agência de repressão, prestando-se à segregação e aumentando a apartação social que deveria reduzir, desconsiderando inclusive que o enfrentamento da fome é determinante no combate ao uso do crack, em especial da população de rua.
Assistimos, hoje, na cidade do Rio, a incorporação da metodologia do choque de ordem pela Secretaria Municipal de Assistência Social, que privilegia uma ação de defesa da “ordem pública”, de natureza higienista travestida de assistência social. Com tudo isto, temos a lamentar o apoio e a parceria de autoridades e órgãos ligados à Justiça a tal medida, quando deveriam atuar na garantia de direitos e cobrar dos gestores públicos a efetivação de políticas públicas e serviços intersetoriais de qualidade.
        Não concordamos com uma ação que elege a internação compulsória como tratamento para o uso prejudicial de drogas para os pertencentes das classes populares. Também não estamos de acordo que aqueles que dela fazem uso sejam revitimizados, criminalizados e associados automaticamente a delitos, ao invés de receberem do Estado atenção integral, intersetorial e de qualidade, que permitam desenvolver o conjunto de potencialidades próprias de cada ser social. Recusamo-nos a culpabilizar as famílias como fazem algumas vozes, entendendo que elas precisam receber proteção e atenção integral, conforme preconizado na maioria das políticas públicas. Espanta-nos a iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social de trazer exclusivamente para o seu âmbito a atenção a estas crianças e adolescentes, observando (ainda no campo estrito da assistência social) que a rede de atendimento municipal não se encontra adequada à tipificação nacional dos serviços sócio-assistenciais, conforme prevê as normas legais referentes à Política Nacional de Assistência Social e ao Sistema Único de Assistência Social (PNAS/SUAS). Reconhecemos que a política de saúde e, nela, a de saúde mental deve ter intervenção prevalente na situação, dispondo de saberes e práticas que podem viabilizar uma adequada assistência a este público, adotando a perspectiva da redução de danos e utilizando-se das bem sucedidas experiências com os consultórios de rua.
      A expansão do uso do crack e de outras drogas baratas disponibilizadas para as classes empobrecidas é um fato complexo, que  requer ações diferentes do recolhimento compulsório de pessoas.  Exige abordagem processual e o estabelecimento de relações de confiança e adesão que, como se sabe, não provocam efeito imediato e midiático. Requer ainda, uma ação multidisciplinar e intersetorial entre a saúde, a assistência social, a educação e a cultura, o esporte e o lazer, e demais políticas.
         Por outro lado, o procedimento em curso não foi apresentado à discussão nos conselhos municipais de assistência social e de defesa dos direitos da criança e do adolescente (CMAS e CMDCA), instâncias formais de controle social e de formulação de políticas. Ignorou a “Política municipal de atendimento à criança e ao adolescente em situação de rua”, objeto da Deliberação 763 de 2009 do CMDCA, órgão colegiado vinculado à própria SMAS. Esta Política foi discutida amplamente por Grupo de Trabalho paritário composto por diferentes secretarias de governo, organizações da sociedade civil e representantes do sistema de garantia de direitos humanos (cfr.Resolução 113 – Conanda) e deixou de ser implementada por seguidas gestões.
           Na verdade, a gestão pública municipal vem negligenciando dos seus deveres constitucionais para com as nossas crianças e adolescentes. Faltam investimentos na rede de saúde mental e de atenção a quem usa e abusa drogas lícitas e ilícitas (álcool, tabaco, maconha, cocaína, “crack” etc.), em acordo com a lei 11.343/2006, nos conselhos tutelares e em outras medidas estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente, na rede própria de assistência integral e de acolhimento a crianças e adolescentes em situação de rua e a suas famílias, na rede pública de educação e na implementação do “Plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas”, conforme estabelecido no Decreto presidencial 7179 de maio de 2010.
         Assim sendo, observando a magnitude do contexto de vulnerabilidade e de violação de direitos de muitas crianças e adolescentes em nossa cidade, os presentes neste Ato Público e signatários deste Manifesto, reclamam do Poder Público, nas pessoas do Sr. Prefeito e secretários de Governo:
- implementação imediata da “Política municipal de atendimento à criança e ao adolescente em situação de rua”, conforme deliberação 763 AS/CMDCA de 2009;
- ampliação e investimento nas estratégias de redução de danos, nos consultórios de rua, na rede de saúde mental infanto-juvenil: Centros de Atenção Psicossocial infantil (CAPSi), Centros de Atenção Psicossocial na área de álcool e drogas (CAPS/ad) e nos leitos em hospitais gerais;
- ampliação do número de conselhos tutelares, com investimentos especialmente na capacitação e treinamento dos conselheiros, na melhoria das condições materiais de trabalho e na qualificação dos serviços prestados;
- implementação do Plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas (Decreto 7179/2010), implantando Casas de Acolhimento Transitório (CAT) que ofereçam ambiente de proteção social e de cuidado integral em saúde, em articulação com os CAPS/ad;
- promover o imediato reordenamento da rede de atendimento a crianças e adolescentes, em conformidade com a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais- PNAS/SUAS;
 - cessar imediatamente a abordagem a crianças e adolescentes nos moldes aplicados hoje, face à Resolução SMAS nº 20, deixando de proceder a internação compulsória e o encaminhamento de adolescentes, julgados prematuramente em delito, à DPCA.

                                                         

                                                          Rio de Janeiro
                                                           Julho de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ENTREVISTA DO PRESIDENTE DO STF, MINISTRO CEZAR PELUSO QUE DEFENDE UM QUADRO DE SERVIDORES PÚBLICOS ESTÁVEIS PARA MELHOR EFICIÊNCIA DO ESTADO.

É de grande valia a entrevista ao site do Jornal O Globo publicada em 23/07/2011, pelo Ministro Cezar Peluso, atualmente na presidência da Suprema Corte, um ministro que se destaca pela sua própria carreira, oriundo da magistratura, onde passou em concurso público, o atual presidente do STF, entende que o Estado deve ter em seus quadros servidores estáveis, ou seja, contratados mediante concurso público, mas os governos não estão entendendo e cada vez estagnando os concursos, com terceirização e nomeações com base em indicações políticas e não técnicas. Em resposta a uma das perguntas, o qual trago abaixo, o Ministro Cezar Peluso, em grande sapiência toma como exemplo o modelo francês.
Para se ter uma idéia existe na França o controle jurisdicional da administração pública que é uma jurisdição de competência autônoma, a jurisdição administrativa. Isso significa que, em regra, aqueles litígios que envolvam atividades da administração pública estão sujeitos a uma jurisdição própria, com uma estrutura e organização própria, distinta da jurisdição judiciária. Por exemplo, casos que envolva servidores públicos serão julgados por esta justiça especializada, diferente do que ocorre no Brasil, onde os servidores públicos são julgados na justiça comum.
Concluo para que possuímos um Estado forte e eficiente, somente com uma política de concurso público para contratação de servidores estatutários!!!!!!!!!!
   
O Globo- O escândalo no Dnit não demonstra a necessidade de o governo começar a adotar um sistema mais técnico e menos político de preenchimento de cargos públicos?
PELUSO: Esta é uma questão cuja discussão é da competência dos políticos, não é o Judiciário que vai dizer como é que os políticos têm que tratar essa questão dos cargos públicos. Mas, sem dúvida nenhuma, a gente não pode deixar de reconhecer que, teoricamente, um corpo mais estável de servidores públicos, como sucede por exemplo na França, onde eles são preparados na Escola Nacional de Administração, é muito melhor para a eficiência do Estado. Ou seja, o modelo francês de preparação dos servidores públicos - e lá eles são preparados para todas as funções do Estado, inclusive para a diplomacia -, cria um corpo estável de servidores públicos, intelectualmente muito bem preparado para operar a máquina extremamente complexa do Estado. Acho que é alguma coisa que pode ficar para a meditação dos políticos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O PREÇO DOS ENLATADOS


Em reportagem publicado no site do O Globo em  17/07/2011, o Secretario Estadual de Saúde Sérgio Côrtes defendeu o uso  de pré-moldados para UPAs, alegando ser mais ágil a sua construção dentro de um prazo de 90 dias diferente de um projeto de alvenaria, contrariando o que foi informado pelo Secretario o CREA-RJ também informou que o prazo para erguer um prédio de alvenaria nos moldes da UPA também seria de três meses.
O que surpreende não é o fato do tempo, até por que em caso de calamidade ou guerra as Forças Armadas montam um hospital de campanha em dias, mas o que devemos analisar é o custo pago pelo Estado, pelo projeto de estrutura pré moldada em módulos de aço que pela reportagem apresenta em média um valor de 25% mais cara  que a de um hospital de alvenaria, com base em dados da Prefeitura e do Estado, a reportagem revelou que os módulos saem a R$ 2.385,00 o metro quadrado, foi dado o exemplo de uma Prefeitura no Estado de São Paulo que está gastando o valor de R$ 1.900,00 o metro quadrado para a construção de um hospital em alvenaria. E o pior que na Prefeitura do Rio de Janeiro o valor é ainda maior, saindo a R$ 3.000,00 para a construção das clinicas da família, lembro que no caso da Prefeitura do Rio de Janeiro algumas destas estruturas estão sendo montadas por Organizações Sociais que já levaram valores absurdos para gerir parte da saúde da cidade. Concluímos que não adianta espalhar UPA´s e Clinicas  das Famílias pela cidade se não existe um atendimento de qualidade, com falta de médicos e funcionários, acho que os governantes devem entender que SAÚDE NÃO É QUANTIDADE É SIM QUALIDADE!!!!!!!!!!!!!!!