Quem sou eu

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Nascido na Região da Leopoldina, 37 anos, casado com a Advogada Dra. Alexandra Vaz, pai da Anna Clara, flamenguista,cristão, Servidor Público do Municipio do Rio de Janeiro desde 2002, advogado militante nas áreas civis, trabalhista, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro Turma CPOR de 1995,trabalho com o intuito de fazer as pessoas felizes e realizadas, usando as ferramentas do respeito a dignidade das pessoas, sem preconceitos e diferenças.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ASSASINATO DA MAGISTRADA PATRÍCIA ACIOLI MOSTRA O DESCASO DO ESTADO COM A SEGURANÇA PÚBLICA.


E com muita tristeza que comento este acontecimento brutal que foi cometido contra a juíza Patrícia Acioli, titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, realmente o Estado está passando por um momento de crise institucional, pois se uma juíza criminal que tem a incumbência de julgar as pessoas da sociedade que comentem crimes teve sua segurança pessoa reduzida, imaginem o restante da população fluminense, que não possuem este privilegio, se uma juíza teve sua segurança desmantelada, fico imaginando como deve ser o programa de proteção a testemunhas, só Deus!. O que intriga neste caso é o fato da própria juíza protestar por oficio a sua insatisfação com a redução da sua segurança pessoal:

Patrícia ressalta que, embora não seja especialista no assunto, "desconhece como isto poderia significar segurança pessoal para qualquer pessoa que supostamente necessitasse dela". Em outro trecho, ela diz: "Entendendo que a questão envolvendo minha vida é algo muito importante, não entendi o tratamento que foi dado ao caso", trecho em reportagem do jornal O Globo, versão on line, publicado em 17/08/2011.

Infelizmente o assassinato da Magistrada já faz parte de uma triste estatística na área de segurança do Estado, como se trata de uma pessoa formadora de opinião, de influência na sociedade e com a grande repercussão na mídia, acredito que teremos uma resposta rápida por parte da Policia, agora os outros casos dentre muitos anônimos não podemos ver o mesmo privilégio, lamentável!!!!!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ANDRE NOGUEIRA PARTICIPA DA REUNIÃO DE PRÉ-CANDIDATOS A VEREADOR PELO PARTIDO DEMOCRATAS

No dia 15 de agosto de 2011, participei da primeira reunião realizada pelo Partido Democratas, com a presença do Presidente do Diretório Regional César Maia, e do Dep. Federal Rodrigo Maia, candidato a Prefeito em 2012. Na ocasião o Ex-Prefeito Cesar Maia explanou sobre a política nacional com o enfraquecimento do Governo Dilma e a política estadual e municipal com o Governo Sergio Cabral desmoralizado e o Governo Eduardo Paes com sérios riscos de não ir para o segundo turno por perseguir servidores, humilhar os pobres com choque de ordem, e privatizar educação e saúde. O nosso candidato ao Município do Rio de Janeiro, Rodrigo Maia informou sobre o oportunismo de alguns que saíram do partido e as razões. Na oportunidade discursei relatando a opressão que nós servidores públicos municipais estamos passando com a atual gestão, pois muitos servidores possuem chefia e por diversas vezes estão colocando sua carreira em jogo por fazerem parte de comissões ou tendo que assinar documentos que podem prejudicá-los no futuro, também explanei sobre as privatizações na saúde e na educação. Vejam abaixo algumas fotos da reunião.        







segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Manifesto em defesa dos direitos humanos das crianças e adolescentes - OAB/RJ


       As operações da Secretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, de recolhimento das crianças e adolescentes foram intensificadas com a regulamentação de um Protocolo do Serviço Especializado em Abordagem Social ao final de maio do presente ano (Resolução SMAS nº 20 de 27/5/2011). Tais medidas surpreenderam a tantos que há muito tempo se dedicam a refletir, formular e executar ações de promoção e defesa dos direitos de nossas crianças e de implementação de políticas públicas sustentadas no marco legal da saúde/saúde mental, da assistência social e da política para os direitos humanos da infância e adolescência, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, com base em toda uma legislação construída e consolidada a partir dos anos 1990, de forma participativa e democrática.
        Além disso, a Resolução SMAS nº 20 desconsidera previsões legais e regulamentares, tais como:
1.      Lei 10.216 (04/06/2001), que regulamenta a política de saúde mental e prevê, em seu artigo 9º, que “A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários”
2. Provimentos nº 4 (26/04/2010) e nº 9 (17/06/2010), do Conselho Nacional de Justiça, que prevêem, respectivamente, que a atuação do Poder Judiciário deve se limitar ao encaminhamento do usuário de drogas à rede de tratamento, não cabendo determinar tipo de tratamento, duração nem condicionar o fim do processo criminal à constatação de cura ou recuperação e que o atendimento a crianças e adolescentes que usam drogas será multidisciplinar e observará a metodologia de trabalho prevista por aquele Conselho Nacional.
        Na contramão, a SMAS alardeia que no período de 31 de março a 15 de julho procedeu a 19 operações de retirada de moradores de rua (crianças e adultos) em áreas da cidade, acompanhada das polícias civil e militar. Do total de 1194 pessoas recolhidas, 230 são crianças e adolescentes; no caso destes, se supõe de pronto que possam ser autores de ato infracional – e, por isso, são levados à Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente ou a batalhão policial. Com tal procedimento, a Secretaria se distancia de suas funções sócio-assistenciais e atua como uma agência de repressão, prestando-se à segregação e aumentando a apartação social que deveria reduzir, desconsiderando inclusive que o enfrentamento da fome é determinante no combate ao uso do crack, em especial da população de rua.
Assistimos, hoje, na cidade do Rio, a incorporação da metodologia do choque de ordem pela Secretaria Municipal de Assistência Social, que privilegia uma ação de defesa da “ordem pública”, de natureza higienista travestida de assistência social. Com tudo isto, temos a lamentar o apoio e a parceria de autoridades e órgãos ligados à Justiça a tal medida, quando deveriam atuar na garantia de direitos e cobrar dos gestores públicos a efetivação de políticas públicas e serviços intersetoriais de qualidade.
        Não concordamos com uma ação que elege a internação compulsória como tratamento para o uso prejudicial de drogas para os pertencentes das classes populares. Também não estamos de acordo que aqueles que dela fazem uso sejam revitimizados, criminalizados e associados automaticamente a delitos, ao invés de receberem do Estado atenção integral, intersetorial e de qualidade, que permitam desenvolver o conjunto de potencialidades próprias de cada ser social. Recusamo-nos a culpabilizar as famílias como fazem algumas vozes, entendendo que elas precisam receber proteção e atenção integral, conforme preconizado na maioria das políticas públicas. Espanta-nos a iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social de trazer exclusivamente para o seu âmbito a atenção a estas crianças e adolescentes, observando (ainda no campo estrito da assistência social) que a rede de atendimento municipal não se encontra adequada à tipificação nacional dos serviços sócio-assistenciais, conforme prevê as normas legais referentes à Política Nacional de Assistência Social e ao Sistema Único de Assistência Social (PNAS/SUAS). Reconhecemos que a política de saúde e, nela, a de saúde mental deve ter intervenção prevalente na situação, dispondo de saberes e práticas que podem viabilizar uma adequada assistência a este público, adotando a perspectiva da redução de danos e utilizando-se das bem sucedidas experiências com os consultórios de rua.
      A expansão do uso do crack e de outras drogas baratas disponibilizadas para as classes empobrecidas é um fato complexo, que  requer ações diferentes do recolhimento compulsório de pessoas.  Exige abordagem processual e o estabelecimento de relações de confiança e adesão que, como se sabe, não provocam efeito imediato e midiático. Requer ainda, uma ação multidisciplinar e intersetorial entre a saúde, a assistência social, a educação e a cultura, o esporte e o lazer, e demais políticas.
         Por outro lado, o procedimento em curso não foi apresentado à discussão nos conselhos municipais de assistência social e de defesa dos direitos da criança e do adolescente (CMAS e CMDCA), instâncias formais de controle social e de formulação de políticas. Ignorou a “Política municipal de atendimento à criança e ao adolescente em situação de rua”, objeto da Deliberação 763 de 2009 do CMDCA, órgão colegiado vinculado à própria SMAS. Esta Política foi discutida amplamente por Grupo de Trabalho paritário composto por diferentes secretarias de governo, organizações da sociedade civil e representantes do sistema de garantia de direitos humanos (cfr.Resolução 113 – Conanda) e deixou de ser implementada por seguidas gestões.
           Na verdade, a gestão pública municipal vem negligenciando dos seus deveres constitucionais para com as nossas crianças e adolescentes. Faltam investimentos na rede de saúde mental e de atenção a quem usa e abusa drogas lícitas e ilícitas (álcool, tabaco, maconha, cocaína, “crack” etc.), em acordo com a lei 11.343/2006, nos conselhos tutelares e em outras medidas estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente, na rede própria de assistência integral e de acolhimento a crianças e adolescentes em situação de rua e a suas famílias, na rede pública de educação e na implementação do “Plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas”, conforme estabelecido no Decreto presidencial 7179 de maio de 2010.
         Assim sendo, observando a magnitude do contexto de vulnerabilidade e de violação de direitos de muitas crianças e adolescentes em nossa cidade, os presentes neste Ato Público e signatários deste Manifesto, reclamam do Poder Público, nas pessoas do Sr. Prefeito e secretários de Governo:
- implementação imediata da “Política municipal de atendimento à criança e ao adolescente em situação de rua”, conforme deliberação 763 AS/CMDCA de 2009;
- ampliação e investimento nas estratégias de redução de danos, nos consultórios de rua, na rede de saúde mental infanto-juvenil: Centros de Atenção Psicossocial infantil (CAPSi), Centros de Atenção Psicossocial na área de álcool e drogas (CAPS/ad) e nos leitos em hospitais gerais;
- ampliação do número de conselhos tutelares, com investimentos especialmente na capacitação e treinamento dos conselheiros, na melhoria das condições materiais de trabalho e na qualificação dos serviços prestados;
- implementação do Plano integrado de enfrentamento ao crack e outras drogas (Decreto 7179/2010), implantando Casas de Acolhimento Transitório (CAT) que ofereçam ambiente de proteção social e de cuidado integral em saúde, em articulação com os CAPS/ad;
- promover o imediato reordenamento da rede de atendimento a crianças e adolescentes, em conformidade com a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais- PNAS/SUAS;
 - cessar imediatamente a abordagem a crianças e adolescentes nos moldes aplicados hoje, face à Resolução SMAS nº 20, deixando de proceder a internação compulsória e o encaminhamento de adolescentes, julgados prematuramente em delito, à DPCA.

                                                         

                                                          Rio de Janeiro
                                                           Julho de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ENTREVISTA DO PRESIDENTE DO STF, MINISTRO CEZAR PELUSO QUE DEFENDE UM QUADRO DE SERVIDORES PÚBLICOS ESTÁVEIS PARA MELHOR EFICIÊNCIA DO ESTADO.

É de grande valia a entrevista ao site do Jornal O Globo publicada em 23/07/2011, pelo Ministro Cezar Peluso, atualmente na presidência da Suprema Corte, um ministro que se destaca pela sua própria carreira, oriundo da magistratura, onde passou em concurso público, o atual presidente do STF, entende que o Estado deve ter em seus quadros servidores estáveis, ou seja, contratados mediante concurso público, mas os governos não estão entendendo e cada vez estagnando os concursos, com terceirização e nomeações com base em indicações políticas e não técnicas. Em resposta a uma das perguntas, o qual trago abaixo, o Ministro Cezar Peluso, em grande sapiência toma como exemplo o modelo francês.
Para se ter uma idéia existe na França o controle jurisdicional da administração pública que é uma jurisdição de competência autônoma, a jurisdição administrativa. Isso significa que, em regra, aqueles litígios que envolvam atividades da administração pública estão sujeitos a uma jurisdição própria, com uma estrutura e organização própria, distinta da jurisdição judiciária. Por exemplo, casos que envolva servidores públicos serão julgados por esta justiça especializada, diferente do que ocorre no Brasil, onde os servidores públicos são julgados na justiça comum.
Concluo para que possuímos um Estado forte e eficiente, somente com uma política de concurso público para contratação de servidores estatutários!!!!!!!!!!
   
O Globo- O escândalo no Dnit não demonstra a necessidade de o governo começar a adotar um sistema mais técnico e menos político de preenchimento de cargos públicos?
PELUSO: Esta é uma questão cuja discussão é da competência dos políticos, não é o Judiciário que vai dizer como é que os políticos têm que tratar essa questão dos cargos públicos. Mas, sem dúvida nenhuma, a gente não pode deixar de reconhecer que, teoricamente, um corpo mais estável de servidores públicos, como sucede por exemplo na França, onde eles são preparados na Escola Nacional de Administração, é muito melhor para a eficiência do Estado. Ou seja, o modelo francês de preparação dos servidores públicos - e lá eles são preparados para todas as funções do Estado, inclusive para a diplomacia -, cria um corpo estável de servidores públicos, intelectualmente muito bem preparado para operar a máquina extremamente complexa do Estado. Acho que é alguma coisa que pode ficar para a meditação dos políticos.